Pesquisa com Células-Tronco:

Pâncreas de Pacientes Pode Voltar a Funcionar após Transplante
Um estudo brasileiro pioneiro, publicado no mês passado no prestigiado Journal of the American Medical Association (Jama), traz um resultado surpreendente: o pâncreas da maioria dos voluntários da pesquisa, todos com diabetes tipo 1, está voltando a funcionar depois que foram submetidos a um transplante de células-tronco, retiradas do próprio organismo.
Dos 23 pacientes que participaram da pesquisa, coordenada por médicos da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, a maioria deixou de recorrer à insulina em algum momento, com bom controle da glicemia. De acordo com o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, um dos autores do estudo, há pacientes livres da insulina há mais de três anos, sem que apresentem picos de hipoglicemia.
Taxas de Peptídeo-C Aumentam
Vinte dos voluntários registraram uma elevação dos níveis do peptídeo-C, substância que é um dos resíduos da produção do hormônio pelas células beta do pâncreas. Quanto mais elevadas as taxas do peptídeo-C, maior a produção de insulina. De acordo com os médicos, o estudo mostra que o pâncreas está voltando a funcionar, mas ainda é prematuro anunciar a cura do diabetes.
No total, 12 ficaram livres do hormônio sintético de maneira continuada enquanto oito dos voluntários ainda tiveram que recorrer ocasionalmente à insulina, mas em doses muito baixas. Embora esses pacientes não tenham produzido todo o hormônio necessário para o perfeito funcionamento do organismo, suas taxas do peptídeo-C também aumentaram. O que é um sinal de que esses pacientes terão uma melhor evolução da doença, avalia outro autor da pesquisa, o imunologista Júlio Voltarelli.
Embora a terapia com células-tronco, segundo os médicos, seja uma alternativa para combater a falha imunológica do diabetes tipo 1, ela não recupera as áreas destruídas da glândula. Por isso, é necessário que o procedimento seja feito em pessoas recém-diagnosticadas.
Novas Pesquisas
Os pesquisadores buscam novos voluntários. O novo alvo deles é testar formas menos agressivas e mais baratas para corrigir falhas no sistema imunológico. Eles pretendem evitar o uso da quimioterapia, a partir da utilização das chamadas células-tronco mesenquimais, que são encontradas no organismo do próprio paciente. Os interessados em participar do estudo devem ter entre 12 e 35 anos e menos de seis semanas de diagnóstico de diabetes tipo 1. Os candidatos podem escrever para ce.couri@yahoo.com.br
Diabetes na Infância

Geralmente, não há antecedentes familiares e são casos isolados da doença em uma família. A criança passa a beber muita água e líquidos em geral, urinar muito e perder peso. Isso chama a atenção para algo errado em progressão. O aparecimento destes sintomas, quase, sempre, coincide ou sucede um quadro infeccioso que pode mascarar o processo e dificultar o diagnóstico. Quando isso ocorre, a criança pode evoluir rapidamente para a desidratação e o coma.
O diabetes na infância, antigamente chamado diabetes juvenil, geralmente é do tipo I ou insulino-dependente. A doença se instala a partir de uma lesão auto-imune do pâncreas, que reduz drasticamente a produção de insulina, tornando a criança dependente da aplicação de insulina para viver. Há um grande reboliço na família. Muita coisa deverá mudar e a família deverá participar desta mudança. Não há como se omitir. As limitações deverão valer para todos, com restrições nutricionais e horários mais rigorosos. A vida continua, mas com aplicações de insulina, medições de glicemia e maior controle nutricional...
Informação faz parte do tratamento
Por incrível que pareça, a criança bem orientada aceita melhor a doença do que um paciente com 50 anos que se torna diabético. Para esses últimos, as limitações são mais dolorosas e sua resistência à aceitação do problema é muito maior. A criança pode não gostar de tomar banho, mas toma; pode reclamar de escovar os dentes, mas escova; pode se chatear com a nova rotina de aplicação de insulina, mas se submete a ela, pois tem mais tolerância e maior flexibilidade às mudanças de hábitos.
Mas para isto, os pais devem se mostrar tranqüilos e equilibrados diante do problema e não devem ceder aos apelos do pequeno paciente, que no início do tratamento, poderá resistir e até "usar de todos os seus poderes" para evitar a rotina de insulina e medições de glicemia. Se os pais demonstrarem sentir pena da criança, ela começa a se sentir vítima, e terá mais dificuldades para enfrentar o diabetes e a rotina do tratamento. Portanto, após a notícia, logo, o tumulto familiar tende a passar e dará lugar a atitudes de normalidade diante da vida e da doença.
Uma nova dieta
A dieta da criança com diabetes deve atender às suas necessidades nutricionais e de crescimento, assim como a das demais crianças. Ela deve ser encorajada a fazer três refeições bem definidas variadas e saborosas - café da manhã, almoço e jantar - e três lanches - no meio da manhã, tarde e antes de dormir. A família deve seguir essa orientação, juntamente com a criança, pois a recomendação vale para todos. Não é aceitável o fato de um irmão poder beliscar fora desses horários e o paciente com diabetes ter que encarar horários rígidos.
A dieta da criança com diabetes será praticamente a mesma das outras crianças, apenas com maior controle em relação ao consumo de doces para evitar flutuações glicêmicas. Os doces não precisam ser abolidos do cardápio dos pequenos, mas deverão ser acompanhados de ajustes nas dosagens da insulina, para se evitar as elevações glicêmicas que comprometem o controle metabólico.
Hoje, a indústria alimentícia já oferece grande variedade de alimentos que podem compor a dieta dessas crianças, como, por exemplo, vários tipos de doces, refrigerantes e chocolates sem açúcar. Mais difícil do que lidar com os doces, é a uniformização do volume das refeições da criança com diabetes, pois a dose de insulina utilizada depende do volume de alimento ingerido e deverá ser modificada na dependência das variações do volume das refeições. Caso a criança esteja inapetente ou vomite, poderá sofrer queda da glicose - a hipoglicemia - que é um quadro muito arriscado, podendo até desencadear crises convulsivas na criança.
Apoio e disciplina
A criança diabética, mais do que as demais, deverá comer nos horários certos e em quantidades mais ou menos definidas, consumindo alimentos variados, permitindo a troca de alimentos com equivalência calórica e nutricional. Um exemplo disso é a possibilidade de trocar o tipo de pão do café da manhã, mas jamais comer dois pães em um dia e nenhum pão em outro, pois com uma mesma dosagem de insulina, no primeiro exemplo, a criança sofrerá elevação na glicemia e, no segundo, grande chance de ter hipoglicemia.
A insulinização da criança diabética evoluiu muito. Hoje, elas podem se beneficiar do chamado esquema basal-bolus, com a associação de análogos de insulina de ação prolongada, que cobrem o jejum e os períodos pré-refeições, com os análogos de ação rápida, que cobrem os períodos pós-prandiais. Esse esquema requer medições glicêmicas de 1-4 vezes ao dia, na dependência do controle do paciente e risco de hipoglicemia. As maiores vantagens desse esquema são os menores riscos de hipoglicemia noturna, entre as refeições e uma maior flexibilidade nos horários das mesmas.
Outra opção muito bem vinda à criança com diabetes é o uso das bombas de infusão de insulina. São pequenos dispositivos que realizam a infusão contínua de um análogo de ação rápida da insulina, com doses maiores sendo programadas para cobrir as refeições, de acordo com a contagem dos carboidratos ingeridos naquela refeição. Esses aparelhos evitam as múltiplas picadas de insulina e também permitem maior flexibilidade na dieta desses pacientes.
Faz parte do tratamento da criança com diabetes a prática de atividade física regular. No dia da ginástica, a criança é orientada a se alimentar com um pequeno lanche, além de sua dieta convencional. Caso o paciente consiga aderir ao exercício físico, sua dosagem de insulina será bem menor e seu controle glicêmico muito mais provável de ser alcançado.
O controle glicêmico ideal é a principal meta no tratamento do diabetes no adulto e, mais ainda, na criança, uma vez que ela estará exposta aos riscos das complicações crônicas durante muito mais tempo que os adultos. Para aferir esse controle, nossa maior arma são as glicemias diárias realizadas através dos múltiplos glicosímetros disponíveis no mercado e a dosagem laboratorial da hemoglobina glicosilada no sangue. Através desses exames, a criança poderá ser monitorizada desde o início do tratamento e poderá viver livre das complicações crônicas, que tanto podem comprometer a qualidade de vida no futuro.
HIPERTENSÃO ARTERIAL - PREVENÇÃO E TRATAMENTO

A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos. É uma doença vascular de todo o organismo e deixa "marcas" nos órgãos atingidos: coração, cérebro, rins, vasos e visão.
Há duas formas de tratamento: sem e com medicamentos.
O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de viver, são elas:
1. Reduzir o peso corporal através de dieta calórica controlada: substituir as gorduras animais por óleos vegetais, diminuir os açúcares e aumentar a ingestão de fibras
2. Reduzir o sal de cozinha, embutidos, enlatados, conservas, bacalhau, charque e queijos salgados
3. Reduzir o consumo de álcool
4. Exercitar-se regularmente 30-45 minutos, de três a cinco vezes por semana
5. Abandonar o tabagismo
6. Controlar as alterações das gorduras sangüíneas (dislipemias), evitando os alimentos que aumentam os triglicerídeos como os açúcares, mel, melado, rapadura, álcool e os ricos em colesterol ou gorduras saturadas: banha, torresmo, leite integral, manteiga, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, frutos do mar, miúdos, pele de frango, dobradinha, mocotó, gema de ovo, carne gorda, azeite de dendê, castanha, amendoins, chocolate e sorvetes
7. Controlar o estresse
8. Reduzir o sal é muito importante para os hipertensos da raça negra, pois neles a hipertensão arterial é mais severa e provoca mais acidentes cardiovasculares, necessitando controles médicos constantes e periódicos
9. Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, antiinflamatórios, moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides, derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.
O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.
Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.
O tratamento medicamentoso deve observar os seguintes princípios:
1. O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado
2. Deve permitir o menor número de tomadas diárias
3. O tratamento deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações
4. O medicamento deve ter custo compatível com as condições socioeconômicas do paciente para permitir a continuidade do tratamento
5. O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente
6. Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O que é pressão alta?
Qual o nível da minha pressão?
Devo fazer verificação da minha pressão em casa?
O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?
Quais os efeitos colaterais do tratamento?
Autor
Dr. Otto Busato (†)
ABC da Alimentação Saudável

Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se dividem em:
> macronutrientes: carboidratos, proteínas e lipídeos;
> micronutrientes: vitaminas e sais minerais.
Carboidratos
De uma forma geral, todos os grupos de alimentos exceto as carnes, os óleos, as gorduras e o sal, possuem carboidratos. Estes podem ser:
Simples: como os açúcares e o mel: Os açúcares simples não são necessários ao organismo humano, pois apesar de ser fonte de energia, esta pode ser adquirida por meio dos carboidratos complexos. Sendo assim, é importante diminuir as quantidades de açúcares simples adicionados aos alimentos.
Complexos: presentes principalmente nos cereais (arroz, pão, milho), tubérculos (batata, beterraba) e raízes (mandioca, inhame), os quais representam a mais importante fonte de energia e, por esta razão, recomenda-se o consumo de seis porções diárias desse tipo de alimento, o que representa em torno de 60% do total de calorias ingeridas.
Fibras
Uma alimentação saudável deve incluir os carboidratos complexos e fibras alimentares em maior quantidade do que os carboidratos simples. Na sua forma integral, a maioria dos alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, verduras e legumes contêm fibras, as quais são benéficas para a função intestinal, reduzem o risco de doenças cardíacas, entre outros diversos benefícios.
A quantidade de fibras na alimentação é uma medida de uma alimentação saudável. As frutas, legumes e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, necessitando-se consumir, diariamente, três porções de frutas e três porções de legumes e verduras. É importante variar o consumo desse tipo de alimento, tendo em vista que o consumo regular e variado, juntamente com alimentos ricos em carboidratos menos refinados (pães e arroz integrais), oferecem quantidade significante de vitaminas e minerais, aumentando a resistência a infecções. Além das vitaminas e minerais, as verduras e os legumes também contêm componentes bioativos, alguns dos quais especialmente importantes para a saúde humana, podendo reduzir o risco de doenças, inclusive as doenças cardíacas e o câncer.
Proteínas
Origem vegetal: leguminosas como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, são alimentos fundamentais para saúde, por serem um dos alimentos vegetais mais ricos em proteínas. Entretanto, estas proteínas são consideradas incompletas, ao contrário das proteínas de origem animal, necessitando então, de combinações de alimentos que completem entre si os aminoácidos, tornando-se combinações de alto valor protéico como, por exemplo, a combinação de duas partes de arroz para uma parte de feijão.
Origem animal: carnes, leite e derivados, aves, peixes e ovos são proteínas completas, ou seja, contêm todos os aminoácidos de que os seres humanos necessitam para o crescimento e manutenção do corpo. São também, entre outros nutrientes, importantes fontes de proteína de alto valor biológico sendo, assim, necessário o consumo diário de três porções de leites e derivados e de uma porção de carnes, peixes ou ovos. As carnes selecionadas para o consumo devem ser aquelas com menor quantidade de gordura (magras, sempre retirando as peles e gorduras visíveis), sendo consumidas moderadamente, devido ao alto teor de gorduras saturadas e colesterol.
Ferro e Cálcio
As carnes em geral, principalmente os miúdos e vísceras, possuem alta biodisponibilidade de ferro, ou seja, a quantidade de ferro ingerida que será efetivamente utilizada pelo organismo é significativamente grande. O leite e seus derivados, além de fonte de proteínas e vitaminas, são as principais fontes de cálcio da alimentação. Este nutriente é fundamental para a formação e manutenção óssea ao longo da vida, prevenindo futuras complicações como a osteoporose.
Gorduras
Lipídeos: As gorduras são de diferentes tipos, e podem ou não ser prejudiciais à saúde, dependendo do tipo de alimento. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado. As gorduras trans que são obtidas pelo processo de industrialização dos alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais, são prejudiciais à saúde. O consumo excessivo deste tipo de alimento pode acarretar doenças cardiovasculares, excesso de peso, obesidade, entre outras. As gorduras insaturadas, presentes nos óleos vegetais, não causam problemas de saúde, exceto se forem consumidas exageradamente. São fontes de ácidos graxos essenciais, ou seja, podem ser produzidos pelo organismo, sendo assim necessárias para a manutenção da saúde.
Colesterol: O colesterol é uma gordura que está presente apenas em alimentos de origem animal, e é componente estrutural de algumas partes do organismo humano, sendo ele capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades metabólicas, não sendo indicado o consumo desse composto. O alto consumo deste pode acarretar doenças cardiovasculares.
Sal
O sal de cozinha - cloreto de sódio - utilizado como tempero e conservação de alimentos, contém sódio em sua composição, bem como outro tempero atualmente muito utilizado, o glutamato de sódio - este mineral quando consumido em excesso é prejudicial à saúde. Sendo assim, recomenda-se a redução no consumo de alimentos com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos, entre outros.
Água
A água é um nutriente indispensável ao funcionamento do organismo; a ingestão de, no mínimo, dois litros diariamente é altamente recomendada. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo regulação da temperatura, transporte de nutrientes e eliminação de substâncias tóxicas. Recomenda-se a ingestão de 6 a 8 copos de água por dia.
Atividade Física
É muito importante a prática de exercícios físicos regularmente, aliada a uma alimentação saudável, o que previne o sobrepeso e a obesidade, além de trazer benefícios para saúde mental e emocional. As pessoas fisicamente ativas são profissionalmente mais produtivas, e desenvolvem maior resistência a doenças.
Para ter uma vida saudável, associe sempre uma alimentação equilibrada, com o consumo de água e a prática de atividades físicas regularmente. Assegurando, assim, o aumento da imunidade, o peso ideal e a prevenção de doenças.
Autor
Aline Petter Schneider
ACNE

Acne vulgar ou juvenil é uma das dermatoses (doenças da pele) de maior predominância, afeta cerca de 80% dos adolescentes, mas pode persistir ou iniciar-se em idade adulta. É uma piodermite que atinge o complexo pilo-sebáceo (pêlo e glândula sebácea). Os quadros mais graves acometem o sexo masculino. Como regra, manifesta-se com intensidades moderada e discreta. Em algumas situações, a manifestação clínica é de tal intensidade que chega a repercutir estética e socialmente, acarretando sérios prejuízos psicossociais, promovendo isolamento e baixa auto-estima.
Como se desenvolve?
Existe uma predisposição genética que sofre grandes modificações por fatores hormonais raciais, ambientais, emocionais e bacterianos aumentando ou atenuando as manifestações clínicas.
Fatores da evolução
Hipercornificação ductal.
Devido a uma predisposição genética, ocorre um espessamento (hiperqueratinização) no folículo pilo-sebáceo que, associada ao sebo, forma uma massa no interior folículo. Isto gera o comedão (cravo), que pode ser aberto (cravo preto) ou fechado (cravo branco).
Aumento da atividade seborrêica (produção de sebo).
Aumento este secundário ao aumento dos hormônios androgênicos.
Micro-organismos mais envolvidos:
Propionybacterium acnes (P. acnes) e Staphylococcus epidermides
Inflamação
As bactérias atuam sobre o sebo iniciando a inflamação da pele, e formando lesões avermelhadas, doloridas e com pus.
O que se sente?
As manifestações são muito variadas podendo aparecer como:
comedões (cravos);
pápulas (constituídas de lesões arredondadas, endurecidas, eritematosas, mais altas);
nódulos (lesões profundas e duras) e abscessos.
As zonas mais comprometimentos incluem: testa, nariz, peito e costas. As lesões mais inflamadas podem doer ou coçar. No rompimento, podem drenar secreção purulenta.
Como se apresenta?
A acne pode se apresentar como acne não-inflamatória, com somente comedões e acne inflamatória.
Os graus da acne?
Grau I - Acne Comedônica.
Presença predominante de comedões. Algumas pápulas e raras pústulas não alteram o grau.
Grau II - Acne Pápulo-Pustulosa.
Presença de comedões, pápulas eritematosas (avermelhadas) e pústulas.
Grau III - Acne Nódulo-Cística.
Presença de comedões, pápulas, pústulas e cistos. Pela ruptura da parede do folículo formam-se cistos
Grau IV - Acne Conglobata
Forma mais grave do que o grau anterior. Os cistos, ao drenar, formam fístulas. ("túneis" de drenagem).
Grau V - Acne Fulminans.
Surge repentinamente acompanhado de sintomas sistêmicos (febre, leucocitose, artralgia, ...).
A conduta terapêutica é orientada pelo o grau de comprometimento.
Como se previne?
A influência da acne no comportamento da pessoa atingida é muito marcante. Procurar tratamento desde o aparecimento dos sintomas pode ser decisivo para a prevenção de cicatrizes e para melhor controle do quadro. Apoio psicológico auxilia o paciente a entender os fatos e facilitar a adesão ao tratamento.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico - a consulta médica, normalmente, é suficiente. Casos mais complexos requerem a opinião de especialista
Prognóstico.
O tratamento precoce ajuda a prevenir cicatrizes que, em muitas situações, podem ser mais preocupantes do que a própria acne.
Autor
Equipe ABC DA SAÚDE
ALEITAMENTO MATERNO

Os pais de uma criança que está sendo amamentada ao seio recebem constantemente uma quantidade enorme de informações. Infelizmente, mesmo quando bem intencionadas, nem todas estas informações servem para ajudar aos pais e sua criança.
É muito comum ouvirmos opiniões do tipo:
a mulher que fez plástica nos seios não consegue amamentar.
amamentar ao seio faz a mãe aumentar de peso.
algumas mães têm o leite fraco.
algumas mães têm pouco leite.
Todos estes comentários, e muitos outros que se ouve diariamente, não são verdadeiros.
O tamanho dos seios não influencia a amamentação pois o tamanho e a forma dos seios são dados pelo tecido gorduroso e o leite é produzido pelo tecido glandular.
A quantidade de tecido glandular é aproximadamente a mesma em todas as mulheres. Também na cirurgia plástica dos seios este tecido glandular é preservado, não interferindo com a amamentação.
Não existe relação clara entre a amamentação e o ganho de peso das mães. As mudanças de peso da mãe que amamenta são devidas a uma grande variedade de fatores. Algumas mulheres ganham peso enquanto outras perdem, sendo que isso ocorre também com as mães que usam alimentação artificial (mamadeiras).
Um benefício grande da amamentação é que ela estimula a liberação da substância que atua na contração do útero. Isto pode auxiliar na recuperação mais rápida da sua "antiga forma". Outro benefício é que a amamentação ao seio exige um gasto calórico muito grande da mãe, auxiliando na recuperação do seu peso normal.
Não existe leite fraco! Algumas vezes, contudo, você pode achar que o seu bebê está querendo mais leite do que você está produzindo. Existem algumas maneiras fáceis de você aumentar sua produção de leite:
Aumente a freqüência das mamadas. Se você está oferecendo o seio a cada 3 horas durante o dia experimente, por uma semana, oferecer o seio a cada 2 horas. Isto, muitas vezes, é estímulo suficiente para que a produção de leite aumente. Lembre-se de que quanto mais vazios os seios ficarem durante o dia, maior será o estimulo para o aumento da produção.
Permita que bebê mame durante mais tempo. As crianças têm ritmos diferentes de mamar, assim como os adultos comem em velocidades diferentes. Aumentar a duração das mamadas pode permitir que uma criança mais tranqüila para mamar consiga retirar todo o leite do seio, coisa que uma criança mais ávida faz num tempo bem menor.
Muitas vezes estas simples medidas são suficientes para que uma mãe que acredita ter "leite fraco" passe a amamentar o seu filho com satisfação para ambos.
Benefícios do Aleitamento
A amamentação ao seio traz uma grande quantidade de benefícios para a mãe e para sua criança.
O aleitamento materno tem várias vantagens para a mãe, tais como:
Reduz a incidência de câncer de mama.
Protege a mulher contra a osteoporose.
Torna mãe e filho mais íntimos.
Entre as vantagens para o bebê estão:
redução da incidência de doenças alérgicas, como alergias alimentares e asma.
redução da ocorrência de diarréia.
Reduz a incidência de diabetes.
redução no número de internações hospitalares.
redução na ocorrência de otite média.
redução na ocorrência de infecções respiratórias.
Além das vantagens do aleitamento, somente em raríssimas ocasiões - como na mãe portadora do vírus HIV - ele está contra-indicado.
Na imensa maioria das vezes, todas as dificuldades referentes à amamentação ao seio são de fácil solução, desde que consultada a pessoa adequada. Mesmo a mãe que trabalha fora pode continuar oferecendo o seu leite como alimento à sua criança, basta que o esgote e armazene.
Também é verdade que existem outras formas de alimentarmos nossas crianças e a escolha do alimento mais adequado deve levar em consideração toda a estrutura de vida e crenças da família.
Podemos também oferecer alimentação mista (leite materno e fórmula) à criança.
É muito importante, contudo, que a mãe tenha consciência de que a amamentação ao seio é uma das experiências mais gratificantes para a imensa maioria das mulheres e que devemos fazer todas as tentativas para que ela seja mantida durante o máximo de tempo possível.
Autor
Dr. Ércio Amaro de Oliveira Filho
ALERGIA RESPIRATÓRIA (RINITE)

Uma alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias freqüentemente são sensíveis a mais de uma substância.
Os tipos de alergenos - substâncias que causam reações alérgicas - incluem:
pólens,
partículas de pó,
esporos de fungos,
alimentos,
látex,
veneno de insetos e
medicamentos.
Quando a alergia afeta o sistema respiratório, chamamos de alergia respiratória.
Como se desenvolve?
Pensamos, atualmente, que as doenças alérgicas, de uma maneira geral, tem origem multifatorial e complexa. Acredita-se que, para sua ocorrência, tem que haver uma combinação entre uma predisposição genética da pessoa e uma situação no ambiente facilitadora para que a doença se exteriorize.
Dentre os fatores que favorecem o aparecimento da rinite alérgica em crianças, por exemplo, podemos citar o tabagismo passivo no primeiro ano de vida, história de alergias em parentes em primeiro grau, a exposição a alérgenos animais (pêlos de gato, cachorro e etc) e pouco tempo de aleitamento materno dentre outros.
Normalmente, o sistema imune funciona como defesa do organismo contra agentes invasores, como as bactérias e vírus. Entretanto, na maioria das reações alérgicas, o sistema imune (de defesa) está respondendo a um falso alarme. A pessoa primeiro entra em contato com um alergeno e o sistema imune trata este como um invasor e mobiliza-se para atacá-lo.
O sistema imune gera grandes quantidades de um anticorpo chamado imunoglobulina E (IgE).
Cada anticorpo IgE é específico para um tipo particular de alergeno.
No caso da alergia a pólen, um tipo de anticorpo pode ser produzido para reagir contra um tipo de pólen, enquanto outro pode ser produzido para combater outro tipo de pólen.
Quando um alergeno (pólen, pó ou outro) entra em contato com seu anticorpo IgE específico, vários elementos químicos são liberados no sangue e passam a agir em várias partes do corpo, assim como no sistema respiratório, causando os sintomas da alergia.
No sistema respiratório, a alergia poderá manifestar-se como uma doença alérgica no nariz (rinite alérgica) ou nos pulmões e vias aéreas (asma ou hiper-reatividade brônquica).
Há também a polinose (febre do feno), que é uma doença que ocorre sempre na mesma época do ano – a primavera, quando ocorre a polinização. Os grãos de pólens de plantas se depositam nos olhos e nariz, levando a uma reação alérgica. Dentre as plantas que podem causar alergia estão: azevém, ciprestes, eucaliptos, plátanos, acácia e outros.
O que se sente?
espirros
coriza (nariz com corrimento)
obstrução nasal
tosse
gota pós-nasal ("catarro escorrendo atrás da garganta")
olhos, nariz e garganta um pouco avermelhados
chiado no peito
Como se faz o diagnóstico?
Quando o médico conversa com seu paciente, ele tem a possibilidade de colher dados que indicam a presença da doença.
O exame físico auxiliará neste sentido.
Além disso, o médico poderá realizar testes de pele e de sangue como exames complementares.
No teste de pele, o médico poderá definir se o paciente tem na sua pele anticorpos do tipo IgE que reagem a determinado alergeno. Utilizará extratos diluídos de alergenos como o pó dos ácaros, pólens ou mofos para realizar o teste, que pode ser feito através de inserção do alergeno debaixo da pele ou pela aplicação deste sob um diminuto arranhão feito no braço.
Este teste de pele é fácil de fazer, além de ser barato.
Entretanto, não deverá ser feito em pessoas com eczema (tipo de doença alérgica disseminada na pele). Nestes casos, poderá ser feito um outro teste diagnóstico chamado RAST, que utiliza uma amostra de sangue para determinar os níveis do anticorpo IgE circulante no sangue contra um alergeno particular.
Sob orientação médica, alguns antialérgicos e antidepressivos devem ser suspensos antes dos testes diagnósticos serem realizados, para que os resultados não sejam afetados. De acordo com a medicação em uso, a suspensão poderá ser necessária com até 3 meses de antecedência.
Em relação a interpretação dos resultados dos testes, devemos lembrar que em crianças e idosos pode haver subestimação de tais resultados devido à reatividade diminuída neste grupo.
Como se trata? Como se previne?
O médico poderá recomendar o uso de anti-alérgicos para combater ou prevenir os sintomas da alergia respiratória.
A melhor opção de tratamento deverá ser definida pelo médico para o tratamento e prevenção da asma, hiper-reatividade brônquica e rinite alérgica.
Outra opção de tratamento é a imunoterapia (“vacinas”) que utiliza injeções com dosagens progressivas de substâncias que provocam a alergia, com o intuito de “acostumar” o corpo a receber tais alergenos, diminuindo a sensibilidade do organismo a estes.
Além das medicações, o médico poderá alertar o paciente sobre como evitar o contato com os alergenos.
Embora não exista cura para as alergias, uma destas estratégias ou a combinação delas poderá dar graus variados de alívio dos sintomas alérgicos.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Que podemos fazer no ambiente doméstico para diminuirmos a freqüência dos eventos alérgicos?
Quais os alimentos que devem ser evitados para prevenção de alergias?
Remédios antialérgicos podem provocar sonolência?
Autor
Dr. Márcio Ataíde Lança
ARTROSE

É a doença articular mais freqüente e a cartilagem é o tecido inicialmente alterado. A cartilagem está aderida à superfície dos ossos que se articulam entre si. É formada por um tecido rico em proteínas, fibras colágenas e células.
Como se desenvolve?
A Osteoartrite (OA) tem início quando alguns constituintes protéicos modificam-se e outros diminuem em número ou tamanho. Há tentativa de reparação através da proliferação das células da cartilagem mas o resultado final do balanço entre destruição e regeneração é uma cartilagem que perde sua superfície lisa que permite adequado deslizamento das superfícies ósseas.
Este processo acompanha-se de liberação de enzimas que normalmente estão dentro das células cartilaginosas. A ação destas enzimas provoca reação inflamatória local a qual amplifica a lesão tecidual. Aparecem erosões na superfície articular da cartilagem que fica como se estivesse cheia de pequenas crateras. A progressão da doença leva ao comprometimento do osso adjacente o qual fica com fissuras e cistos.
Ao mesmo tempo, aparentemente como uma tentativa de aumentar a superfície de contato e procurando maior estabilidade, o osso prolifera. Mas não é um osso normal, sendo mais rígido e mais suscetível a microfraturas que ocorrem principalmente em articulações que suportam peso.
Aparentemente devido à reação inflamatória local todos os elementos da articulação sofrem hipertrofia: cápsula, tendões, músculos e ligamentos. As articulações sofrem aumento de volume e podem estar com calor local.
O grau de comprometimento é bastante variado. A doença pode evoluir até a destruição da articulação ou estacionar a qualquer momento. Há indivíduos que têm deformidades nos dedos e que nunca sentiram dor e outros que terão dor e progressiva piora da doença com conseqüentes deformidade e diminuição da função articular.
Não se conhece o gatilho inicial da Osteoartrite. Acredita-se que mecanismos diferentes levem às mesmas alterações na função e composição das estruturas articulares.
Freqüência
A doença torna-se evidente a partir dos 30 anos de idade. Estima-se que 35% das pessoas já tenha Osteoartrite (OA) em alguma articulação nesta idade, sendo a grande maioria sem sintomas. Joelhos e coluna cervical são os locais mais atingidos. Aos 50 anos aumenta muito a prevalência e a partir da década dos 70 anos 85% dos indivíduos terão alterações ao RX.
Fatores de risco
Osteoartrite (OA) nos dedos das mãos é mais freqüente em mulheres e tem grande incidência familiar, favorecendo um mecanismo genético.
Osteoartrite em articulações que recebem carga, como quadris e joelhos, são mais freqüentes em obesos o mesmo podendo acontecer com a coluna vertebral.
Defeitos posturais como pernas arqueadas ou pernas em xis favorecem Osteoartrite de joelhos. Posição inadequada do fêmur em relação à bacia leva à degeneração cartilaginosa em locais específicos da articulação coxo-femural.
Do mesmo modo, defeitos nos pés levarão à instalação de Osteoartrite, sendo o joanete o melhor modelo. Entretanto, há pacientes que sofrem outro tipo de OA no dedo grande do pé que não se relaciona com defeito postural.
Hiperelasticidade articular, mais comum em mulheres, pode permitir que as superfícies articulares ultrapassem seus limites anatômicos e a cartilagem, deslizando em superfícies duras, sofre erosão. Osteoartrite OA entre fêmur e rótula (femuropatelar) é um exemplo comum.
Doenças metabólicas como diabete e hipotireoidismo favorecem o desenvolvimento de Osteoartrite.
Outras doenças que afetam a cartilagem como artrite reumatóide, artrite infecciosa e doenças por depósitos de cristais (gota e condrocalcinose) podem apresentar-se com o mesmo tipo de lesão e são rotuladas como Osteoartrite (OA) secundária.
Manifestações clínicas
O que se sente?
Antes da dor, os pacientes com OA podem reclamar de desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente, aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações comprometidas.
Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo em Osteoartrite de quadrís ou joelhos, há dor no início do movimento que permanece alguns minutos.
São exemplos a dor discreta com rigidez que dura alguns minutos nos dedos pela manhã e nos joelhos também de manhã ou após algum tempo sentado. Nos pacientes que têm piora progressiva a dor fica mais forte e duradoura e as deformidades acentuam-se.
Na Osteoartrite de quadrís e joelhos, subir e descer escadas fica mais difícil assim como caminhadas mais longas.
A inflamação pode produzir aumento do líquido intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do derrame.
Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes. Em casos extremos, os pacientes necessitam fazer uso de bengalas ou muletas. Raramente um paciente com Osteoartrite de quadris ou joelhos vai para cadeira-de-rodas.
Osteoartrite (OA) das mãos.
É mais freqüente em mulheres. Pode haver comprometimento exclusivo das articulações próximas às unhas (interfalangianas distais). Após lenta evolução que não obrigatoriamente acompanha-se de dor e vermelhidão estas articulações ficam com proeminências ósseas duras e de distribuição irregular.
Com menor freqüência, podem ocorrer lesões semelhantes nas articulações interfalangianas proximais. A capacidade de preensão pode ficar bastante comprometida.
Local comumente envolvido é a articulação abaixo do polegar (trapéziometacarpiana). Com freqüência esta articulação, em ambas mãos, é a única envolvida.
A gravidade é bastante variável. Pode não afetar a função das mãos mas há casos de deslocamento do polegar para a região palmar e dor forte ao segurar-se objetos.
Osteoartrite (OA) dos pés
É comum o joanete. É o resultado de um defeito da posição dos ossos que formam a articulação do grande artelho com o médio-pé.
A Osteoartrite é conseqüente ao desgaste da cartilagem e do osso adjacente e conseqüente proliferação óssea anormal. Atrito provocado pelo uso de calçados forma uma bursa (cisto abaixo da pele) que inflama e dói.
Vários defeitos posturais ou da mecânica dos pés que não são corrigidos com calçados apropriados, exercícios, palmilhas ou cirurgia levam a lesões cartilaginosas e conseqüente OA. Os pés podem ficar bastante deformados e rígidos, dificultando a marcha e o uso de calçados.
Osteoartrite (OA) dos quadris (coxartrose)
A grande maioria das coxartroses é secundária a defeitos da bacia ou fêmur congênitos ou adquiridos precocemente.
Quando as duas articulações estão envolvidas, obesidade deve ser um fator importante. A dor pode localizar-se na virilha, nádega, parte externa ou interna da coxa e, menos freqüentemente, irradiar-se ou ser unicamente no joelho. Em todas as situações haverá progressiva limitação dos movimentos da coxa, sendo comum dificuldade para colocar calçados e vestir calças.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Esta doença tem cura?
Qual a finalidade do tratamento?
O tratamento é esta receita somente ou devo repetí-la?
Há interferência com outros remédios que estou usando?
Quais os efeitos colaterias? Devo fazer exames de controle?
Existem problemas com obesidade e dieta?
Qual a importância de exercícios e repouso?
Que cuidados devo ter com meus hábitos diários, profissionais e de lazer?
Autor
Dr. Mauro W. Keiserman